Existem quatro tipos principais de sinestesia, que podem ser difíceis de separar ou podem ser encontrados juntos em uma única pessoa.
Sinestesia cor-grafema - as cores são associadas a números, palavras ou letras.
Sinestesia som-cor - os sons são associados a cores.
Sinestesia palavra-sabor - as palavras são associadas a sabores.
Sinestesia sabor-toque - os sabores são associados a sensações físicas.
Imagine-se lendo este texto e cada letra dele assume uma cor diferente diante de seus olhos, ou então ao olhar um belo por-do-sol com seus tons de alaranjado e vermelho, sentir o sabor de um doce. Estas são só algumas das manifestações da Sinestesia, uma condição neurológica especial do cérebro que interpreta de forma diversa os sinais vindos de nossos órgãos sensoriais, notadamente a visão.
Não é considerada uma doença ou defeito mental, apenas uma forma diferente do cérebro interpretar os sinais. No passado era considerada apenas o fruto de mentes muito criativas e inventivas, ou então pura loucura mesmo. Atualmente são objeto de muito estudo para ajudar-nos a compreender o funcionamento de nossos sentidos e sua interpretação no cérebro.
No cérebro de um sinestésico as cores têm propriedades que não podemos imaginar, por exemplo o vermelho pode ser sólido, o amarelo é brilhante, uma barra de chocolate lembra a cor púrpura e tem aroma de azul escuro. Em alguns casos o tato pode ser associado, como uma pancada no canto da mesa que remete à cor marrom ou o laranja da confusão.
Isto não são conceitos culturais como dizer que vermelho é quente e branco é paz. São percepções fisiológicas com respostas químicas cerebrais, são realmente percebidas desta forma e de uma maneira particular a cada caso.
A causa
Embora já seja aceita como uma condição real e não apenas imaginação exagerada, a causa da sinestesia é desconhecida. Algumas hipóteses já foram levantadas e compõem parte do campo de estudos do assunto:
Supõe-se que todos os sentidos são interpretados de forma separada e protegida em regiões distintas do cérebro. Na sinestesia haveria uma queda de uma ou mais destas barreiras, fazendo com que os sinais dos órgão sensoriais chegassem a mais de uma área interpretativa, gerando respostas fora do comum.
Todos nasceríamos com esta condição, desta forma o cérebro infantil seria sinestésico por definição mas nos primeiros meses ou anos de vida passaria por um processo de especialização que levaria à conformação convencional que conhecemos, os sinestésicos adultos continuariam com as funções sensoriais mescladas em algum nível.
Os sinais sensoriais chegam a várias áreas do cérebro mas algum tipo de “máscara” faz com que apenas alguns sejam filtrados e interpretados por determinados setores cerebrais. A sinestesia seria originada pela queda desta “máscara”.
Esta última hipótese tem base nos sintomas de quem é usuário de alucinógenos como LSD e mescalina cujos sintomas são semelhantes ao da sinestesia só que muito mais fortes e descontrolados.
Sinestesia vem do grego syn (união) e aisthesis (sensação)
Não é considerada uma doença ou defeito mental, apenas uma forma diferente do cérebro interpretar os sinais. No passado era considerada apenas o fruto de mentes muito criativas e inventivas, ou então pura loucura mesmo. Atualmente são objeto de muito estudo para ajudar-nos a compreender o funcionamento de nossos sentidos e sua interpretação no cérebro.
No cérebro de um sinestésico as cores têm propriedades que não podemos imaginar, por exemplo o vermelho pode ser sólido, o amarelo é brilhante, uma barra de chocolate lembra a cor púrpura e tem aroma de azul escuro. Em alguns casos o tato pode ser associado, como uma pancada no canto da mesa que remete à cor marrom ou o laranja da confusão.
Isto não são conceitos culturais como dizer que vermelho é quente e branco é paz. São percepções fisiológicas com respostas químicas cerebrais, são realmente percebidas desta forma e de uma maneira particular a cada caso.
A causa
Embora já seja aceita como uma condição real e não apenas imaginação exagerada, a causa da sinestesia é desconhecida. Algumas hipóteses já foram levantadas e compõem parte do campo de estudos do assunto:
Supõe-se que todos os sentidos são interpretados de forma separada e protegida em regiões distintas do cérebro. Na sinestesia haveria uma queda de uma ou mais destas barreiras, fazendo com que os sinais dos órgão sensoriais chegassem a mais de uma área interpretativa, gerando respostas fora do comum.
Todos nasceríamos com esta condição, desta forma o cérebro infantil seria sinestésico por definição mas nos primeiros meses ou anos de vida passaria por um processo de especialização que levaria à conformação convencional que conhecemos, os sinestésicos adultos continuariam com as funções sensoriais mescladas em algum nível.
Os sinais sensoriais chegam a várias áreas do cérebro mas algum tipo de “máscara” faz com que apenas alguns sejam filtrados e interpretados por determinados setores cerebrais. A sinestesia seria originada pela queda desta “máscara”.
Esta última hipótese tem base nos sintomas de quem é usuário de alucinógenos como LSD e mescalina cujos sintomas são semelhantes ao da sinestesia só que muito mais fortes e descontrolados.
Sinestesia vem do grego syn (união) e aisthesis (sensação)
Parece loucura
Sinestésicos podem se sentir ridicularizados. “A maioria das pessoas às quais explico os efeitos, me olham maravilhadas ou como se fosse louca.”, diz Carey uma das pacientes do estudo. “Especialmente amigos que possuem uma mente muito lógica. Eles ficam perplexos.”
Os efeitos podem ser dos mais variados, o tipo “projetor” vê as cores associadas a letras por exemplo no ar, diante de seus olhos. Já os “associativos” veriam estas cores apenas internamente, é o caso de Carey que diz que as cores piscam como flashes atrás do olho e em outros casos deslizam lentamente como a luz do sol sobre uma bolha de sabão.
Um terceiro grupo é chamado de “perceptual”, onde as percepções são associadas a estímulos como sons e objetos, como alguém que pode sentir o sabor de formas geométricas. Já o grupo “conceitual” é sensível a conceitos abstratos como o tempo, um caso em específico deste grupo é o de uma mulher que dizia perceber os meses do ano como uma fita que flutuava ao redor de seu corpo, cada um com uma cor. Diz ela: “O mês de fevereiro é verde claro e fica bem à minha frente.
E você?
Se achou menos maluco agora? Em todo caso, não recomendo experimentar um ponto de LSD só para ver como é o “barato” desta condição de “sentidos ampliados”. Alguns artistas e filósofos famosos foram, supostamente sinestésicos, talvez por isso tivessem uma percepção diferente de cores, sons e idéias.
Sinestesia e música
A vertente não patológica do fenómeno de sinestesia tem sido explorada na indústria audiovisual em videoclips musicais por exemplo, permitindo “ver” a música.
Muito obrigada pela explicação!
ResponderExcluirSó hoje ( tenho 36 anos) em conversa com colegas de trabalho, atribuí um nome a essa minha forma de ver as coisas. Pois atribuo cores aos algarismos e às pessoas. Nunca encarei isso loucura minha, mas sim parte da minha visão do mundo. Por outro lado, embora não mencionado neste artigo, também atribuo um sexo aos algarismos: o 5 é masculino e o 4 é feminino, por exemplo.
Contudo, obrigada pela explicação de sinestesia.
Desde criança que me apercebi que tinha sensações coloridas com as letras e os números. Dei-me conta disso precisamente quando comecei a aprender a ler. Lembro-me de escrever cada letra do meu nome e os números da data no cabeçalho do caderno diário com a sua respetiva cor. Colorir o E de branco era um problema porque não tinha lápis branco. Vejo ou sinto as cores atrás dos olhos. Também vejo os meses do ano a core e no espaço, tipo tromba de elefante, com Janeiro à minha frente, acima da minha cabeça. depois os meses de Fevereiro a Maio vão descendo até ao chão e ficando cada vez mais distantes, Junho está no chão e recomeçam a subir a partir de Julho. Só com 30 anos, ao ler um artigo sobre a sinestesia, e que percebi que afinal a maioria das pessoas não são como eu. Eu pensava que sim, e que ninguém falava sobre as suas sensações porque era uma coisa normalíssima. Descrevi as minhas sensações à minha mãe, recordando-lhe como eu coloria as letras quando fazia os trabalhos de casa, e perguntei-lhe se ela também tinha sensações coloridas como eu ou outras. Ela disse que sim mas que nunca tinha falado disso a ninguém (nem a mim) porque achava que era disparate (e porque tal como eu achava que toda a gente era assim).
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